A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os três passageiros brasileiros que hostilizaram o ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua família no aeroporto de Roma, na Itália, em julho do ano passado.
O empresário paulista Roberto Mantovani Filho, sua esposa, Andreia Munarão, e o genro do casal, Alex Zanatta, foram acusados por calúnia e injúria perante ao STF.
"O registro em vídeo das passagens vexatórias, posteriormente compartilhado em redes sociais, atendia o propósito de potencializar reações violentas de outros populares contra o ministro (Moraes) agredido pelo desempenho das suas atribuições de magistrado, pondo em risco, igualmente, a sua família, captada nas imagens", pontuou o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, em sua denúncia.
Segundo ele, "é claro o objetivo de constranger e de provocar reação dramática" dos três passageiros brasileiros. "A falsa imputação da conduta criminosa ao ministro foi realizada pelos acusados de maneira pública e vexatória".
O caso diz respeito aos ataques que ocorreram em 14 de julho de 2023, quando Moraes, sua esposa e seus filhos estavam na sala de embarque do Aeroporto de Fiumicino, em Roma.
Na ocasião, o ministro do STF voltava ao Brasil após dar uma palestra no Fórum Internacional de Direito, na Universidade de Siena, e foi chamado de "ladrão", "comunista" e "fraudador das eleições" presidenciais de 2022 pelos três simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Moraes contou ainda à Polícia Federal (PF) que seu filho levou um tapa no rosto. Os três denunciados, porém, sempre negaram as acusações.
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