O governo da premiê da Itália, Giorgia Meloni, protestou contra a escolha do espanhol Javier Colomina como representante especial da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para as relações com países do Mediterrâneo.
O cargo foi instituído na cúpula da Otan em Washington, na semana passada, e era uma demanda de Roma para fortalecer a atenção da aliança militar em uma região marcada pelo persistente fluxo de migrantes forçados.
Fontes do governo italiano ouvidas pela ANSA expressaram "forte perplexidade" pela indicação de Colomina faltando pouco mais de dois meses para o fim do mandato de Jens Stoltenberg como secretário-geral da Otan.
A Itália também enviou ao norueguês uma carta na qual expressa surpresa e desapontamento com a nomeação do espanhol, que ainda não foi formalizada e pode perder a validade com a ascensão de Mark Rutte ao comando da aliança, no próximo dia 1º de outubro.
"O isolamento de Meloni continua obtendo confirmações. A Otan decidiu entregar a responsabilidade pelo flanco sul ao espanhol Javier Colomina, então adeus às ambições italianas para uma posição que está no centro dos interesses nacionais", criticou no X o senador de centro Ivan Scalfarotto. (ANSA)
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