O novo prefeito de São Paulo só será escolhido no segundo turno das eleições, no próximo dia 27 de outubro, em uma disputa entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSol).
Com quase 100% das urnas apuradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato do MDB teve 29,49% dos votos, enquanto Boulos obteve 29,06%.
Os dois superaram a surpresa da eleição, o coach Pablo Marçal, que recebeu 28,14% dos votos, no terceiro lugar, seguido da deputada federal Tabata Amaral (PSB), com 9,9%, e do apresentador José Luiz Datena (PSDB), com 1,84%.
Às vésperas das eleições, as pesquisas apontavam que os três primeiros colocados tinham chances de ir para o segundo turno, com um empate técnico na intenção de votos.
Agora, Nunes, que teve o apoio do ex-mandatário Jair Bolsonaro e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), larga na frente na disputa contra o pupilo de Luiz Inácio Lula da Silva, tendo em vista que as pesquisas eleitorais colocam o atual prefeito com uma rejeição significativamente menor do que Boulos.
Além disso, boa parte do eleitorado de Marçal é mais alinhado à direita e apoia Bolsonaro, aumentando a possibilidade de uma migração desses votos para o emedebista.
No segundo turno, Nunes e Boulos vão brigar para garantir uma vitória na maior metrópole do Brasil.
Em seu primeiro pronunciamento nesta noite, Boulos enfatizou que quer "dialogar com aqueles e aquelas que não votaram na gente no primeiro turno", principalmente porque "a enorme maioria votou pela mudança. E agora no segundo turno é isso que estará em jogo".
"São Paulo é uma cidade potente, a mais rica do Brasil e da América Latina e é nossa missão fazer com que essa riqueza chegue para todos", acrescentou ele, que já recebeu o apoio de Amaral em 27 de outubro.
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