(ANSA) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira (11) que a mpox, conhecida como "varíola dos macacos", não é mais considerada uma emergência sanitária global.
O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que ressaltou, porém, a necessidade de não abaixar a guarda.
"Assim como a Covid-19, o fim do estado de emergência sanitária internacional para a varíola dos macacos não significa que a ameaça à saúde acabou", disse o executivo.
Durante a coletiva, Ghebreyesus reforçou ainda a necessidade de manter em alta a vigilância em algumas faixas da população, como infectados com HIV e homens que fazem sexo com outros homens, categoria na qual é registrado o maior número de casos.
"A varíola de macacos continua a representar um desafio significativo de saúde pública que requer uma forte resposta", afirmou o diretor-geral da OMS anunciando o fim da Emergência Internacional de Saúde Pública (ESPII).
De acordo com ele, "embora vejamos uma diminuição nos casos em geral, o vírus continua a impactar as comunidades em todas as regiões, incluindo na África, onde a transmissão ainda não é bem compreendida, mas os casos ligados a viagens e movimentos colocam em evidência a persistente ameaça".
Por fim, Ghebreyesus alertou que os países "devem então manter sua capacidade de testagem e é recomendada a integração da prevenção e tratamento da varíola de macacos nos programas sanitários existentes, também para permitir uma rápida resposta a futuros surtos".
A mpox atingiu o nível máximo de alerta em julho de 2023. O Brasil viveu seu auge entre julho e agosto, e essa mudança na classificação só aconteceu devido à queda nos casos. A varíola causada pelo vírus HMPXV (Human Monkeypox Virus, em inglês) provoca sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares, calafrios, linfonodos inchados, cansaço, além de lesões na pele.
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