(ANSA) - O pai da bebê britânica Indi Gregory, Dean Gregory, agradeceu nesta quinta-feira (9) à Itália pelos esforços do país para impedir a eutanásia passiva da filha, que sofre de uma doença mitocondrial considerada incurável e deve ter os aparelhos de suporte à vida desligados por ordem judicial.
Após adiamentos, a expectativa é de que a medida seja aplicada na sexta-feira (10).
Na segunda-feira (6), a Itália ofereceu a cidadania do país à bebê para evitar a eutanásia passiva. A medida foi aprovada a toque de caixa pelo Conselho dos Ministros, em uma reunião de poucos minutos, após a Alta Corte de Justiça de Londres ter autorizado os médicos a desligar os aparelhos.
A ideia do governo italiano e da defesa da família era providenciar a transferência da criança para Roma, ao hospital Bambino Gesù, uma instituição católica.
Apesar disso, na quarta (8), a Justiça britânica manteve a ordem de desligar as máquinas.
"Acreditamos que esteja no melhor interesse de Indi ir à Itália para receber os cuidados que poderiam ajudá-la a respirar, abrindo uma válvula através da implantação de um stent, para depois focar em sua doença mitocondrial, que pode ser tratada com essas terapias", disse Dean, em vídeo.
"Sabemos que Indi é uma lutadora, ela quer viver, não merece morrer. Eu e Claire [mãe da criança] estamos devastados e aflitos pela decisão do juízo. O sistema nacional de saúde nos impede de ir à Itália, e mesmo de levá-la para casa para cuidados paliativos de fim de vida", declarou.
"Nossos advogados estão trabalhando duramente. Quero agradecer à Itália, que foi incrível, como um anjo da guarda para Indi. Temos muita sorte em ter sua paixão e sua coragem ao nosso lado na tentativa de salvar a vida de Indi", concluiu.
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