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Bebê prematura de 1,05 kg sobrevive na Itália

Bebê prematura de 1,05 kg sobrevive na Itália

Tratamento foi conduzido em hospital de Bolonha

BOLONHA, 31 dezembro 2023, 12:07

Redação ANSA

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Hospital Maggiore de Bolonha (Foto: Reprodução) - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - O Hospital Maggiore de Bolonha, na Itália, conseguiu salvar uma bebê prematura nascida com apenas 1.050 kg.

O caso ocorreu em agosto, mas Mario Motta, diretor do Departamento de Neonatologia, compartilhou agora sua experiência e a da equipe médica.

Após tratamentos, ventilação mecânica e uma delicada intervenção nos olhos, a pequena já está em casa com os pais e irmãos.

"A mãe teve uma complicação durante a gravidez, as membranas amnióticas romperam prematuramente, e na vigésima sétima semana de gestação, por volta de seis meses e meio, a criança nasceu. O trabalho de parto começou e ela foi submetida a uma cesariana", explicou o médico.

"A recém-nascida pesava 1.050 kg e foi imediatamente levada para nossa Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, onde recebemos em média 25 bebês com peso inferior a um quilo e meio a cada ano", prosseguiu, explicando que essas crianças são chamadas de “bebês pluma”.

A criança, na incubadora para manter uma temperatura constante entre 36 e 37 graus, não respirava espontaneamente devido à imaturidade dos pulmões, e nos primeiros dias de vida foi necessário o suporte da ventilação mecânica e terapia com medicamentos específicos. Depois, ela foi auxiliada com oxigênio.

"Demos grande atenção à nutrição também. A recém-nascida foi alimentada com pequenas quantidades de leite materno para manter o intestino e com nutrição parenteral por via intravenosa", explicou.

A criança ganhou peso dia após dia. Em outubro, ela atingiu um quilo e meio, mas a chamada retinopatia do prematuro se manifestou.

"Foi necessário programar uma intervenção cirúrgica, mas o manejo de um prematuro requer uma abordagem delicada, porque anestesiar uma criança de um quilo e meio e apoiar as funções cardiovasculares é complexo", disse.

"A peguei no colo no terceiro dia e, de emoção, as lágrimas caíam. Depois, veio o momento difícil da intervenção nos olhos. Agora, estamos em casa e agradeço a toda a equipe pelo cuidado que recebemos", disse a mãe, de 38 anos.

 
   

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