(ANSA) - A Procuradoria da República de Crotone, na Itália, abriu nesta quinta-feira (2) uma investigação sobre o socorro aos migrantes que estavam em uma embarcação que naufragou na altura da costa de Cutro no último domingo (26).
Os procuradores solicitaram formalmente os registros das atividades da Guarda Costeira e da Guarda de Finanças nas horas antecedentes ao naufrágio que matou, ao menos, 67 pessoas.
Segundo fontes ligadas ao processo, os carabineiros serão encarregados ainda hoje para fazer as verificações. Até o momento, a investigação foi aberta sem a hipótese de crime e contra desconhecidos.
No entanto, após a análise do material requisitado, é possível que a Procuradoria abra uma investigação específica sobre algum possível crime e individualize responsáveis.
A decisão vem na sequência de uma troca de acusações entre a agência de controle de fronteiras da União Europeia, a Frontex, e autoridades da Itália de que os órgãos competentes italianos foram notificados que um barco que possivelmente ocultava diversas pessoas estava em águas territoriais do país.
Roma, por sua vez, diz que recebeu a notificação no fim da noite de sábado (25), mas que não havia nenhuma indicação de perigo sobre o barco.
Sobreviventes do naufrágio informam que haviam entre 180 e 250 pessoas dentro da embarcação clandestina que partiu da Turquia. Considerando os 80 resgatados e as 67 vítimas, o número de desaparecidos pode chegar a 100.
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