(ANSA) - Novos relatórios de inteligência analisados por autoridades norte-americanas sugerem que um grupo pró-Ucrânia sabotou os gasodutos Nord Stream no ano passado, revelou o jornal "New York Times" nesta terça-feira (8).
A nova revelação é a primeira pista significativa conhecida sobre quem foi responsável pelo ataque aos gasodutos que transportam gás natural da Rússia para a Europa.
De acordo com o jornal norte-americano, no entanto, os funcionários dos EUA afirmaram que não há indícios de que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e sua equipe de governo estejam envolvidos na operação.
A publicação explica também que as fontes admitiram que ainda não se sabe muito sobre os autores do ataque e as suas filiações, mas sugere, no entanto, que eram oponentes do presidente russo, Vladimir Putin.
Os gasodutos Nord Stream foram atingidos por explosões em alto mar em setembro de 2022. O ataque suscitou uma enorme especulação sobre quem realmente seria o culpado - de Moscou a Kiev e de Londres a Washington.
Hoje, a imprensa alemã também divulgou que investigadores do país ainda não encontraram nenhuma evidência sobre quem ordenou e executou a sabotagem dos gasodutos, mas a pista sobre a preparação do ataque explosivo levaria "na direção da Ucrânia".
"Existem três investigações em andamento sobre o acidente em Nord Stream, ainda não chegamos a uma conclusão, é preciso aguardar o fim da investigação", declarou o porta-voz de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, reforçando que "até onde sabemos, como o presidente Biden já disse, foi sabotagem".
Segundo o inquérito citado pela emissora alemã Tagesschau, a sabotagem clandestina terá sido efetuada com a ajuda de um iate fretado por uma empresa sediada na Polônia, aparentemente a dois cidadãos ucranianos.
A operação secreta no mar seria realizada por uma equipe de seis pessoas: cinco homens e uma mulher. O grupo teria usado passaportes falsos usados, entre outras coisas, para alugar o barco.
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