(ANSA) - A União Europeia (UE) enviou nesta segunda-feira (20) uma carta a todos os líderes dos 27 países-membros com o balanço das principais questões atuais, incluindo a recente crise migratória que resultou na morte de dezenas de migrantes em um naufrágio na Itália.
Segundo fontes do governo italiano, isso representa um "amplo espaço" dado às prioridades do Executivo de Roma para uma reforma geral mais equilibrada na questão dos migrantes.
No documento, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforça que "o terrível naufrágio na Calábria foi um lembrete vívido da urgência de nossa ação".
"Uma solução justa e duradoura só é possível através de uma abordagem europeia e equilibrada. Podemos alcançar mais objetivos se agirmos juntos", escreveu ela na carta distribuída a poucos dias do Conselho Europeu.
Os membros da administração da premiê Giorgia Meloni avaliam positivamente o documento, lembrando que, entre outras coisas, foi implementada uma lógica mais expansiva na ajuda financeira que deverá ultrapassar os 500 milhões de euros já acordados.
A carta fala de cooperação reforçada, busca e salvamento, solidariedade, realocação dos migrantes. Além disso, é feito um mapeamento completo sobre a crise, citando o Norte da África e referindo-se à emigração econômica legal.
Von der Leyen ressalta ainda que "o equilíbrio está no centro do Novo Pacto de Migração e Asilo e é por isso que devemos aproveitar a oportunidade agora, seguindo o roteiro conjunto do Parlamento da UE e do Conselho e rumo a um acordo antes do final do Legislativo".
Ao mesmo tempo, ela cita que "as medidas operacionais discutidas na reunião de fevereiro mostram o quanto podemos fazer agora" e destaca "quatro áreas de ação imediata: o fortalecimento das fronteiras externas, procedimentos rápidos de fronteira e repatriamento; abordar a questão dos movimentos secundários e garantir solidariedade efetiva; e trabalhar com nossos parceiros para melhorar a gestão da migração".
"Em um mês já houve progresso em todas as 4 áreas", enfatiza a líder da Comissão Europeia, acrescentando que "está pronta para mobilizar mais 110 milhões de euros aos 208 já comprometidos para a cooperação antitráfico em 2023".
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