(ANSA) - Os protagonistas do conflito no Sudão concordaram em linha de princípio com uma trégua de sete dias a partir de 4 de maio.
A informação é da emissora saudita Al-Arabiya, que cita um comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Sudão do Sul, país que se ofereceu como mediador das negociações.
Deflagrado em meados de abril, o conflito opõe os generais Abdel Fatah al-Burhan, chefe das Forças Armadas, e Mohamed Hamdan Dagalo, mais conhecido como Hemedti e líder do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR).
Os dois também teriam concordado com a designação de enviados para negociar a paz no Sudão. A implantação do acordo, contudo, ainda é incerta, uma vez que tréguas anteriores foram marcadas por acusações mútuas de violações.
Enquanto Hemedti denuncia uma tentativa de restaurar o antigo regime que sustentava o ditador Omar al-Bashir, Burhan quer integrar as FAR no Exército para reduzir a autonomia do grupo, que foi aliado das Forças Armadas ao longo dos últimos anos, inclusive no golpe que interrompeu o processo de transição democrática no país, em 2021.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que o atual conflito já obrigou 334 mil pessoas a fugir de casa no Sudão, sendo que 100 mil se refugiaram em países vizinhos. (ANSA)
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