(ANSA) - Em meio às homenagens pelos 31 anos do atentado de Capaci, que matou o juiz Giovanni Falcone, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou nesta terça-feira (23) que a máfia é um "câncer".
"Magistrados como Giovanni Falcone e Paolo Borsellino demoliram a presunção mafiosa, revelando o que a máfia é na realidade: um câncer para a comunidade civil, desprovida de qualquer honra e dignidade", disse o chefe de Estado.
O mandatário também comentou que a máfia é uma organização de criminosos "nada invencível", além de pedir o prosseguimento das ações de combate contra o crime.
"As ações devem seguir com empenho e determinação cada vez maior. A máfia pode ser vencida e ela está destinada a acabar, como nos ensinou Falcone", acrescentou.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, declarou que a prisão do mafioso Matteo Messina Denaro, detido após 30 anos foragido, é uma prova de que as autoridades estão empenhadas na batalha contra o crime organizado.
"Eu fico chocada com a brutalidade daquela época dos massacres mafiosos. Escolhi me envolver com política porque a via como a ferramenta mais útil para fazer algo. A detenção de Matteo Messina Denaro é o testemunho do empenho incansável de muitos homens e mulheres", disse a premiê durante uma cerimônia em Palermo.
A capital da região da Sicília é palco de inúmeras homenagens aos mortos do massacre de Capaci, em 1992. Os eventos ocorreram principalmente no tribunal bunker da prisão de Ucciardone, em Palermo.
Engajado na batalha contra a máfia, Falcone foi morto após o carro em que viajava ter sido atingido por uma explosão. O assassinato do magistrado foi semelhante ao do juiz Paolo Borsellino, ocorrido dois meses mais tarde.
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