(ANSA) - A jovem de 22 anos que acusa Leonardo Apache La Russa, 21, filho do presidente do Senado da Itália, Ignazio La Russa, de violência sexual confirmou o teor da denúncia em depoimento ao Ministério Público nesta terça-feira (11), em Milão.
O interrogatório durou mais de três horas e serviu para a mulher dar sua versão sobre os fatos ocorridos na madrugada entre 18 e 19 de maio, em uma casa noturna da capital da Lombardia e na casa da família La Russa na cidade.
Os investigadores também também ouviram uma amiga da denunciante e uma conhecida que estavam na discoteca.
Na denúncia apresentada em 29 de junho, a jovem diz ter acordado nua na cama de Leonardo La Russa, seu ex-colega de escola, após ter bebido com ele na casa noturna, mas que não se lembrava de nada.
Segundo sua versão, o filho do presidente do Senado teria lhe dito que ela mantivera relações sexuais com ele e um amigo que era DJ da discoteca. Em seguida, a denunciante disse ter enviado uma mensagem à sua amiga para perguntar o que havia acontecido na casa noturna, e esta última teria respondido que acreditava que Leonardo La Russa a havia "drogado".
Por meio de um comunicado divulgado logo após a revelação da denúncia, o presidente do Senado lançou dúvidas sobre a jovem.
"Deixa muitas dúvidas o relato de uma garota que, como ela própria admitiu, tinha consumido cocaína antes de encontrar meu filho. Uma substância que o próprio Leonardo jamais consumiu na vida", disse La Russa, expoente do partido Irmãos da Itália (FdI), da premiê Giorgia Meloni.
"Após tê-lo interrogado por bastante tempo, tenho certeza que meu filho não cometeu nenhum ato penalmente relevante", acrescentou. O tom do comunicado foi criticado pela oposição, que acusou La Russa de desestimular vítimas de violência sexual a apresentar denúncias. (ANSA)
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