(ANSA) - O ministro do Interior da Tunísia, Kamel Feki, afirmou que as autoridades encontraram 901 corpos de migrantes na costa do país entre 1º de janeiro e 20 de julho de 2023.
Nas declarações, dadas no parlamento do país nesta quinta-feira (27), ele especificou que 267 eram cidadãos estrangeiros e os demais não puderam ser identificados.
A Tunísia é o ponto de partida de migrantes forçados de diversas regiões que tentam entrar na Europa através da Itália, pela rota do Mediterrâneo Central.
"As operações contra o fenômeno das migrações ilegais via terra e mar mostraram um aumento de 244% dos migrantes estrangeiros em relação ao mesmo período do ano passado", relatou o ministro.
Ainda segundo ele, o país aumentou em 10 vezes o número de operações de socorro, resgatando mais de 15 mil pessoas.
"Nossos esforços de segurança terão um impacto significativo na queda do número de migrantes estrangeiros nos próximos dias, através de políticas de segurança, controle das fronteiras terrestres e fechamento de rotas ilegais para limitar o aumento de migrantes subsaarianos que tentam permanecer na Tunísia ou ir à costa da Europa", acrescentou Feki.
O ministro também afirmou que o país não tem capacidade de receber migrantes de outras áreas do continente.
"Não podemos aceitar que a Tunísia se torne um país de trânsito ou permanência, mas também não aceitaremos práticas desumanas contra eles", concluiu.
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