(ANSA) - O governo da Bolívia revelou que o narcotraficante uruguaio Sebastián Marset, procurado pela Interpol, tem um "grupo paramilitar" brasileiro fazendo sua segurança.
"Temos certezas de que há um grupo paramilitar com armas de guerra encarregado de sua proteção", disse o vice-ministro da Polícia do país, Jhonny Aguilera.
No último fim de semana, a polícia boliviana encontrou 17 fuzis, duas pistolas, mais de 1,8 mil projéteis de vários calibres, carregadores e quatro coletes à prova de balas em domicílios usados por Marset na cidade de Santa Cruz de La Sierra.
Segundo o ministro do Interior, Eduardo del Castillo, o narcotraficante também é suspeito de ter sido o mandante do homicídio do promotor paraguaio Marcelo Pecci, que atuava no combate a facções criminosas.
Sebastián Marset é alvo de mandados de prisão por tráfico de drogas no Uruguai, no Paraguai, no Brasil e nos Estados Unidos.
O paradeiro dele segue desconhecido, mas investigadores descobriram que ele vivia na Bolívia disfarçado de jogador de futebol, atuando profissionalmente com um documento falso da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), registrado como Luis Amorim Santos.
Segundo o governo boliviano, ele entrou no país em setembro de 2022, fundou o clube Los Leones El Torno, em uma divisão inferior de futebol, e, além de jogador, era o dono e gerente do time.
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