(ANSA) - A taxa de fertilidade da China atingiu o menor patamar da história em 2022 e chegou a 1,09, apesar dos esforços do governo de reverter os números.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Centro de Pesquisa de População e Desenvolvimento da China, apresentados pelo jornal estatal "National Business Daily".
O estudo indica que é uma das tendências mais baixas do país com uma população de mais de 100 milhões.
A China, que já ostenta um dos níveis mais críticos ao lado de Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Singapura, tenta reiniciar a natalidade preocupada com o primeiro declínio populacional em seis décadas e o rápido envelhecimento da sociedade, com uma série de medidas, incluindo incentivos financeiros e melhores estruturas de acolhimento de crianças.
Em maio passado, Xi Jinping presidiu uma reunião sobre o assunto para poder aprofundar o tema. Desta forma, Pequim focará em educação, ciência e tecnologia para melhorar a qualidade de vida da população e se esforçará para manter um nível de "fertilidade moderada", a serviço do crescimento econômico no futuro.
Os altos custos com cuidados infantis e a necessidade de pausas na carreira desencorajaram muitas mulheres a ter mais filhos ou até desistiram deles. Além disso, a discriminação de gênero e estereótipos tradicionais de mulheres cuidando de seus filhos ainda são comuns em toda a China.
As autoridades aumentaram a retórica sobre compartilhar o dever de criar os filhos nos últimos meses, mas a licença paternidade ainda é limitada na maioria das províncias.
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