(ANSA) - Os líderes militares dos países da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) se reuniram nesta quinta-feira (17) em Gana para discutir a possibilidade de uma intervenção militar no Níger.
Na cúpula, os países concordaram em ativar uma "força em standby para restaurar a ordem constitucional", em resposta ao golpe militar que prendeu e depôs o presidente Mohamed Bazoum.
A Cedeao exige que a junta militar que instaurou um novo governo liberte o presidente deposto, e alerta que o bloco poderá enviar tropas caso as negociações não avancem.
"Estamos pela democracia e é o que encorajamos. O foco da cúpula não é simplesmente reagir a eventos, mas proativamente traçar um curso que resulte na paz e promova estabilidade ", disse o chefe da Defesa da Nigéria, Christopher Gwabin Musa, na abertura da reunião na cidade de Acra.
Forças militares da Cedeao já intervieram em outros casos desde 1990, como nas guerras na Libéria e em Serra Leoa.
Se a intervenção ocorrer, a expectativa é de que Nigéria, Benin e Costa do Marfim colaborem enviando seus militares.
O comissário da Cedeao para Questões Políticas, Paz e Segurança, Abdel-Fatau Musah, disse que a reunião irá "refinar" detalhes para o caso de o bloco precisar "recorrer aos últimos meios de força".
"A junta militar nigerina está jogando um jogo de gato e rato com a Cedeao. Ignoraram sua própria Constituição e os protocolos do bloco. As autoridades militares continuam em postura de enfrentamento", declarou.
O evento continuará nesta sexta-feira (18) e há a expectativa de um anúncio a respeito dos próximos passos.
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