(ANSA) - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, declarou em entrevista à emissora italiana Rai 3 stolque a contraofensiva ucraniana "avança gradualmente": "A Ucrânia lançou uma contraofensiva que obviamente todos esperavam que fosse mais rápida, mas está ganhando terreno".
Ele reforçou que todas as guerras são "imprevisíveis" e acrescentou que "quanto mais forte for a Ucrânia no campo de batalha, mais território conseguirá liberar, e mais forte será na mesa de negociações".
Para Stoltenberg, não há ameaça iminente de ataque nuclear contra aliados da Otan: "Mas naturalmente monitoramos o que acontece perto de nossas fronteiras, inclusive em Belarus.
Quando há um vizinho como a Rússia, disposto a usar a força militar para uma invasão na Europa como não se via desde a Segunda Guerra Mundial, não existem opções livres de risco".
"O risco seria permitir que Putin vencesse, porque sairíamos todos mais vulneráveis", disse, acrescentando que a retórica nuclear de Moscou "é preocupante", mas que a Rússia já foi alertada de que "uma guerra nuclear não pode ser vencida e nunca deve ser desencadeada".
O secretário-geral também falou sobre os esforços do papa Francisco para a paz na Ucrânia: "O Vaticano ofereceu forte apoio à solução pacífica, mas devemos perceber que existe uma diferença clara entre derrota e paz".
"Não é uma guerra entre pares, a Ucrânia nunca representou ameaça à Rússia. Putin invadiu uma nação soberana, independente e democrática. Se Putin parar de combater, teremos paz, se a Ucrânia parar, deixará de existir como nação soberana e independente. Tem o direito à autodefesa", concluiu.
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