(ANSA) - Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha negou que Berlim queira interromper em 2024 o financiamento previsto para ONGs que salvam migrantes no mar Mediterrâneo.
A informação foi publicada no jornal Bild, informando que no orçamento de 2023, o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha havia reservado cerca de 2 milhões de euros (R$ 10,9 mi) para essas organizações. "Na elaboração do orçamento para 2024, o ministério não colocou nota sobre os dois milhões novamente", dizia o texto, apontando as reclamações recebidas pela Itália como causa.
A chancelaria alemã disse que a falta da previsão no orçamento previsto para 2024 foi um "equívoco técnico" e que há semanas está prevista a correção.
"As notícias reportadas pelos veículos de imprensa não são corretas", disse a porta-voz, Annalena Baerbock, à ANSA.
Em setembro, a premiê da Itália, Giorgia Meloni, iniciou uma série de embates com o governo alemão sobre a decisão de Berlim de financiar ONGs de resgate no mar.
O governo italiano acusa as ONGs do Mediterrâneo de agirem como "fator de atração" para migrantes e refugiados, embora elas sejam responsáveis por menos de 10% dos deslocados internacionais que chegam ao país por via marítima.
O governo italiano já instituiu no início do ano um decreto que limitou as atividades de ONGs do Mediterrâneo, que agora só podem realizar um resgate por missão e frequentemente são orientadas a levar os náufragos para portos distantes, reduzindo seu tempo nas áreas mais críticas.
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