(ANSA) - A Rússia considera que a decisão dos Estados Unidos de bloquear uma resolução da ONU que invocou uma "pausa humanitária" entre Hamas e Israel terá "consequências monstruosas" em termos de perdas de civis.
A declaração foi dada pelo ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, em um comunicado.
"No contexto de um confronto que se estende e arrisca ultrapassar as fronteiras do Oriente Médio e de adquirir uma dimensão ainda maior, as consequências de tal decisão são potencialmente monstruosas", disse.
Moscou considera que o veto americano “demonstra claramente as reais aspirações de Washington para a região do Oriente Médio”.
“Cada dia de atraso significa não só um rápido aumento do número de mortos e feridos, mas também o contínuo sofrimento dos civis que se tornaram prisioneiros do enclave bloqueado. O direito à autodefesa não significa direito de represálias massivas e indiscriminadas”, prosseguiu o chanceler.
A resolução humanitária foi apresentada pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU. O texto recebeu 12 votos a favor, três a mais que os nove necessários, porém os EUA, um dos cinco membros com poder de veto, se posicionaram contra. Já Reino Unido e Rússia, que também podiam vetar a resolução, se abstiveram.
O documento condenava os "hediondos ataques terroristas" do Hamas contra Israel e exigia a "libertação imediata e incondicional de todos os reféns civis", além de pedir "pausas humanitárias para permitir acesso total, rápido, seguro e sem obstáculos para agências das Nações Unidas e seus parceiros" na Faixa de Gaza.
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