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Equador prende um dos acusados de liderar onda de violência

Equador prende um dos acusados de liderar onda de violência

QUITO, 12 janeiro 2024, 13:40

Redação ANSA

ANSACheck

País tem sido palco de confrontos desde início da semana © ANSA/EPA

(ANSA) - O governo do Equador anunciou a prisão de um dos chefões do tráfico acusado de estar por trás da onda de violência no país e garantiu que não negociará com outro criminoso que pediu "garantias" de rendição.

Na última quinta-feira (11), o Comando Conjunto das Forças Armadas informou a detenção de 'Chiquito", líder dos Tiguerones, uma das gangues do crime organizado, em uma área conhecida como "Bênção de Deus", na província de Esmeraldas, no meio de um confronto armado entre militares e terroristas.

"Chiquito", que ficou ferido, já foi denunciado várias vezes por homicídio e foi preso com outras duas pessoas.

Paralelamente, o presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou que "os terroristas devem ser tratados como terroristas", ao responder ao traficante Fabricio Colón Pico, que lhe pediu "garantias" para se entregar à justiça e revelou ter fugido da prisão porque houve um atentado contra a sua vida.

"Também tenho outros que sequestraram 30 pessoas e querem aproveitar-se do Tratado de Genebra. Os terroristas devem ser tratados como terroristas. Agiremos com firmeza", declarou Noboa, rejeitando qualquer possibilidade de negociação.

Segundo ele, o Equador "já está cansado das condições impostas pelos criminosos".

Colón Pico, 46 anos, é líder de Los Lobos, uma das quadrilhas criminosas que o governo incluiu no decreto em que declarou o estado de "conflito armado interno".

"Quero me render, senhor presidente. Minha vida está em perigo.Entenda, senhor presidente, você garante minha vida, que nada vai acontecer comigo e eu vou me render", afirmou o traficante.

O Equador vive uma onda de violência desde o início da semana, quando o chefe da maior quadrilha do país, José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito, fugiu de um presídio em Guayaquil.

Desde então, ao menos 13 pessoas morreram e 178 foram feitas reféns, sendo que dois deles foram libertados graças à mediação da Igreja.

Segundo o Serviço Nacional de Atenção Integral (SNAI) às Pessoas Privadas de Liberdade, dois agentes penitenciários, um funcionário administrativo e um guarda também foram libertados da prisão na província costeira de Esmeraldas, na fronteira com a Colômbia.

Horas antes, o SNAI havia informado que o número de reféns nos motins em sete prisões do país havia aumentado para 178, depois que a crise se estendeu às prisões de Machala, capital da província de El Oro (fronteira com o Peru) e ao de Esmeraldas.

A escalada de tensão foi desencadeada pelas quadrilhas criminosas quando o presidente Noboa se preparava para lançar um plano para recuperar o controle das prisões.
   

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