(ANSA) - Ao menos 64 pessoas morreram em decorrência dos grandes incêndios florestais que estão devastando as regiões do centro e sul do Chile, anunciou o subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, neste domingo (4).
Com a situação, o presidente chileno, Gabriel Boric, sobrevoou as áreas afetadas e decretou estado de emergência na tentativa de reunir "todos os recursos necessários" para conter o fogo. Ele ainda reforçou que o número de vítimas pode aumentar e anunciou dois dias de luto nacional pela tragédia.
“Eu sei que é um número provisório e que as mortes são maiores. As anunciadas fazem parte da lista oficial das autoridades. Não posso acreditar que pode haver pessoas que trabalham cinicamente para causar um massacre como este. Eu garanto que iremos procurá-los, iremos encontrá-los e aplicaremos todo o peso da lei sobre eles", afirmou ele no final de uma visita à região afetada.
Além disso, as autoridades locais impuseram um toque de recolher obrigatório a partir das 21h (horário local) para permitir o acesso de abastecimentos de combustíveis de emergência, nas zonas afetadas.
Os incêndios, porém, continuam a avançar, principalmente devido às condições climáticas e apesar dos esforços das equipes de combate aos focos. Cerca de mil casas foram danificadas e 46 mil hectares de vegetação queimados.
Diversos locais iniciaram evacuações de pessoas em uma operação ordenada pelas autoridades chilenas no âmbito da emergência resultante do estado de catástrofe.
Entre os incidentes mais graves registrados nas últimas horas por causa das chamas estão a explosão de um depósito de gás em Viña del Mar, acompanhada de múltiplas explosões, e a destruição da fábrica de tintas Tricolor e de fábricas de produtos químicos próximas, em El Salto e Viña del Mar.
Hoje, durante a oração do Angelus, no Vaticano, o papa Francisco rezou pelas vítimas dos incêndios no território chileno. "Rezamos também pelos mortos e feridos dos incêndios devastadores que atingiram o centro do Chile", apelou.
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