(ANSA) - O governo suíço anunciou nesta quarta-feira (10) que realizará uma conferência de paz de alto nível para a Ucrânia entre os dias 15 e 16 de junho, na tentativa de garantir uma "paz duradoura".
"As condições para uma cúpula dar impulso a um processo de paz foram suficientemente cumpridas", diz o comunicado oficial, destacando que a reunião ocorrerá em um hotel de luxo no centro do país.
De acordo com a Suíça, "o primeiro passo será desenvolver um entendimento comum entre os Estados participantes no caminho para uma paz abrangente, justa e duradoura na Ucrânia".
Relatos apontam que o presidente dos Estados, Joe Biden, deve participar da conferência em prol da Ucrânia, que viu seu país ser invadido pelas tropas russas em 24 de fevereiro de 2022.
Ontem, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Suíça, Pierre-Alain Elchinger, já havia confirmado os trabalhos preparatórios para a conferência de paz a pedido de Kiev.
"A pedido da Ucrânia, a Suíça manifestou a sua disponibilidade para acolher a primeira conferência de alto nível sobre a paz na Ucrânia. Os trabalhos preparatórios estão atualmente em curso", afirmara.
Por fim, ele destacou que, "além das perspectivas da Ucrânia, da Rússia e da Europa, é também importante ouvir as opiniões do Sul Global, que desempenhará um papel fundamental na eventual inclusão da Rússia neste processo".
"É por isso que mantemos contatos estreitos com a China, a Índia, o Brasil, a África do Sul e a Arábia Saudita", concluiu.
No entanto, a Rússia não participará da conferência de paz sobre a Ucrânia, anunciou o Ministério das Relações Exteriores suíço.
Em coletiva de imprensa, o chanceler da Suíça, Ignazio Cassis, disse que “Moscou não tem intenção de vir”, afirmando que “um processo de paz não pode ser alcançado sem a Rússia, mesmo que esta não esteja presente no primeiro encontro”.
Itália
O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, criticou a ausência da Rússia na Conferência de paz sobre a Ucrânia, que acontecerá na Suíça entre os dias 15 e 16 de junho.
“A ausência da Rússia na Conferência de paz sobre a Ucrânia na Suíça não é um bom sinal: significa que não quer a paz. Ele fica do lado errado, aquele onde o mais forte sufoca o mais fraco, o que não pode ser regra”, afirmou o chanceler italiano. (ANSA)
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