Um navio de cruzeiro que deveria receber milhares de policiais de várias forças italianas convocados para reforçar a segurança da cúpula do G7 na região da Puglia, no sul do país, foi apreendido nesta quarta-feira (12) por estar degradado.
De acordo com fontes locais, inúmeras reclamações públicas denunciaram as condições "muito ruins" a bordo da embarcação "Deusa da Noite", atracado em Brindisi, que deveria abrigar 2,5 mil policiais.
O anúncio foi feito pelo secretário da Coordenação de Independência Sindical das Forças Policiais (Coisp) da Itália, Domenico Pianese, que relatou que o navio "estava em condições sanitárias muito precárias, com acomodações sujas e danificadas, banheiros inutilizáveis, chuveiros em ruínas e cabines inundadas".
Além disso, os esgotos estavam entupidos e sem ar condicionado.
"Certamente não é o ambiente ideal para o pessoal uniformizado que estará ocupado com dias intensos de trabalho para garantir que a cúpula aconteça sem incidentes".
Segundo as autoridades locais, metade do contingente foi transferida para alojamentos em terra, enquanto a outra foi levada para outro navio.
O ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi, ficou irritado e pediu esclarecimentos ao Departamento de Segurança Pública sobre o acordo com a empresa grega Seajets, que fechou o contrato do serviço com uma proposta de 6,6 milhões de euros.
O navio, antigo Costa Mágica, entrou em serviço em 2004 e é equipado com 13 decks e 1.354 cabines, além de ter capacidade para acomodar 3.470 passageiros. A embarcação foi vendida pela Costa Crociere no período pós-Covid e, neste ano, foi submetida a uma "reforma" em um estaleiro grego.
Funcionários do Ministério do Interior fizeram uma inspeção no navio há cerca de dois meses, mas nenhuma falha foi revelada na ocasião.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA