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Itália apreende bens antigos de homem ligado a Messina Denaro

Itália apreende bens antigos de homem ligado a Messina Denaro

Líder mafioso morreu em setembro passado vítima de câncer

PALERMO, 14 de junho de 2024, 13:39

Redação ANSA

ANSACheck
Bens arqueológicos estavam em posse de negociante - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Bens arqueológicos estavam em posse de negociante - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

As autoridades italianas apreenderam nesta sexta-feira (14), em Trapani, "um tesouro" de artefatos antigos em posse de um negociante de arte ligado ao líder mafioso Matteo Messina Denaro, morto em setembro do ano passado.
    A Direção de Investigação Antimáfia executou uma ordem de apreensão emitida pelo Tribunal de Trapani, relativa a bens protegidos por interesse histórico, artístico e arqueológico.
    Em particular, o decreto diz respeito a várias ânforas romanas e uma base de mármore representando cenas mitológicas esculpidas em todos os lados, que datam do período helenístico-romano, todas consideradas de considerável valor, pertencentes ao negociante de arte internacional.
    Segundo a polícia italiana, "surgem numerosos indícios sobre a sua periculosidade, caracterizado por ser uma pessoa que tira o seu sustento da sua atividade como traficante internacional de achados arqueológicos".
    A investigação analisou a desproporção entre as fontes de renda e emprego da unidade familiar do suspeito. Agora, as obras de arte passarão a ser confiadas à Superintendência do Patrimônio Cultural e Ambiental, a fim de torná-las novamente acessíveis à comunidade.
    O negociante, cuja identidade não foi revelado, teria ligação com Messina Denaro, que foi preso em meados de janeiro do ano passado, após permanecer 30 anos foragido, enquanto saía de uma clínica em Palermo, onde tratava um câncer.
    O líder da máfia morreu em um hospital em L'Aquila em 25 de setembro, aos 62 anos. Ao longo de sua vida, Messina Denaro foi condenado por seu envolvimento em dezenas de assassinatos, incluindo os atentados da Cosa Nostra em 1992, que mataram os magistrados antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino.
    Ele também foi condenado pelo assassinato de Giuseppe Di Matteo, filho de 12 anos de um mafioso que se tornou testemunha do Estado, que foi estrangulado e dissolvido em ácido em 1996, e pelos atentados a bomba em locais artísticos e religiosos em Milão, Florença e Roma. que matou 10 pessoas e feriu mais 40 em 1993.
   

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