O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, se reuniram nesta quarta-feira (19) em Pyongyang e assinaram um tratado que prevê assistência recíproca em caso de agressão contra um dos dois países.
Essa é a primeira visita de Putin ao país comunista em mais de 20 anos, em meio à sua tentativa de romper o isolamento na comunidade internacional por conta da invasão à Ucrânia.
"Apreciamos muito o apoio sistemático e permanente da Coreia do Norte à política russa, inclusive na questão ucraniana", declarou Putin no encontro com Kim. "Enfrentamos décadas de políticas hegemônicas e imperialistas dos Estados Unidos e seus satélites contra a Rússia", acrescentou.
Kim, por sua vez, definiu Putin como "melhor amigo" do povo norte-coreano e disse que Moscou "preserva o equilíbrio estratégico global". "Nossas relações estão entrando em uma nova era de prosperidade", salientou o líder, que foi convidado a visitar Moscou.
O tratado de cooperação estratégica assinado nesta quarta substitui pactos anteriores firmados em 1961 e 2000 e prevê auxílio recíproco em caso de agressão contra um dos dois países, um claro recado ao possível uso pela Ucrânia de armamentos e caças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para atacar a Rússia.
Putin também não excluiu que o tratado abra caminho para uma "cooperação técnico-militar" com a Coreia do Norte, país dotado de armas nucleares e mísseis balísticos intercontinentais. O presidente russo ainda defendeu a "revisão" das sanções da ONU contra Pyongyang por conta de seu programa armamentista. (ANSA)
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA