O Tribunal Europeu de Direitos Humanos condenou nesta terça-feira (25) a Rússia por violações de direitos na anexação da península ucraniana da Crimeia em 2014.
Para a corte sediada em Estrasburgo, Moscou adotou um modelo de violações sistemáticas de direitos humanos, incluindo sequestros, torturas, violações da liberdade religiosa, de expressão e associação, além da deportação de milhares de presos.
Os magistrados citaram provas, especialmente relatórios feitos por organizações internacionais e ONGs, corroborados por depoimentos.
Além disso, a falta de investigações para esclarecer os fatos por parte da Rússia comprovaria que as violações eram toleradas oficialmente pelas autoridades.
Para o tribunal, a Rússia feriu o artigo 2 da Convenção Europeia de Direitos Humanos, que fala em direito à vida; e o artigo 3, que proíbe a tortura.
A sentença cita tratamentos degradantes contra soldados ucranianos, ativistas, jornalistas e tártaros, um grupo étnico nativo da Crimeia, que pratica o Islamismo.
A Rússia não é mais signatária da Convenção, mas pode ser responsabilizada por fatos anteriores à sua exclusão do Conselho da Europa, em setembro de 2022.
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