"Recebemos 55 mortos e dezenas de feridos no hospital na quinta-feira [15]", disse à agência AFP uma fonte do centro médico de Jalgini, localidade situada no estado de Sennar e palco do massacre.
"25 feridos morreram nesta sexta [16], levando o balanço de vítimas para 80", acrescentou.
Segundo uma testemunha, homens armados atacaram Jalgini em três veículos militares na manhã de quinta. Os moradores resistiram, e o comando voltou pouco depois com reforços. "Eles abriram fogo, incendiaram casas e assassinaram diversas pessoas", contou o homem à AFP.
O massacre ocorreu um dia depois do início das negociações em Genebra, na Suíça, para um cessar-fogo no conflito, que começou em abril de 2023, opondo os generais Abdel Fattah al-Burhan, chefe das Forças Armadas, e Mohamed Hamdan Dagalo, líder do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) e mais conhecido como Hemedti.
Em junho passado, as RSF capturaram Sinja, capital de Sennar, estado que já registra mais de 700 mil deslocados, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). No país todo, que tem 47 milhões de habitantes, a guerra já forçou mais de 10 milhões de pessoas a fugir de casa.
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