O Ministério Público da Itália ampliou o inquérito sobre o naufrágio do superiate Bayesian, cujo naufrágio matou sete pessoas em 19 de agosto, e incluiu mais dois tripulantes na lista de investigados sobre a tragédia.
Assim como o comandante James Cutfield, da Nova Zelândia, o oficial de máquinas Tim Parker Eaton e o marinheiro Matthew Griffiths, ambos britânicos, são suspeitos de múltiplos homicídios culposos e naufrágio culposo, ou seja, quando não há intenção de cometer o crime.
Eaton entrou na lista de alvos do inquérito por supostamente não ter ativado os sistemas de segurança para fechar as portas do casco do veleiro, que estavam abertas no momento em que um tornado repentino atingiu o Porto de Porticello, nos arredores de Palermo, onde o iate estava ancorado.
Isso causou o alagamento da sala de máquinas do Bayesian e um subsequente blecaute no veleiro.
Griffiths, por sua vez, era o marinheiro de turno na ponte do barco e deveria ter avisado o restante da tripulação sobre a chegada da violenta tempestade que afundou a embarcação.
A suspeita dos investigadores é de que os passageiros não foram alertados sobre o mau tempo, uma vez que a maioria das vítimas estava fechada dentro dos camarotes do iate.
Fabricado em 2008 pelo estaleiro italiano Perini Navi, o veleiro pertencia à empresa Revton, companhia com sede na ilha britânica de Man e que tem como proprietária Angela Bacares, viúva do bilionário Mike Lynch, um dos sete mortos no naufrágio.
As outras vítimas são a filha do casal, Hannah; Ricardo Thomas, cozinheiro do Bayesian; Jonathan Bloomer, presidente do banco Morgan Stanley International, e sua esposa, Judy Bloomer; e o advogado de Lynch, Chris Morvillo, e sua mulher, a designer de joias Neda Morvillo.
Ao todo, o barco levava 12 passageiros e 10 tripulantes, sendo que 15 pessoas escaparam com vida.
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