O Força Itália (FI), partido do vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou que a proposta de reforma da lei de cidadania no país pode ser concluída até o fim de setembro.
O projeto do chamado "jus scholae" ("direito escolar") daria cidadania aos filhos de imigrantes nascidos no país e que cumprirem 10 anos de estudos nas escolas nacionais, comprovando conhecimento do idioma local e da história italiana.
Segundo o porta-voz do FI, Raffaele Nevi, "Tajani pediu para elaborar um texto orgânico sobre a cidadania que será compartilhado com os aliados".
Quando questionado se a proposta será apresentada ainda em setembro, Nevi disse que "o objetivo é fazê-la bem feita", mas defendeu que "a prioridade, agora, é levar adiante a Lei Orçamentária e as medidas contempladas no programa do governo", que não inclui o jus scholae.
Além disso, outras fontes da legenda e do partido de direita Liga ouvidas pela ANSA indicaram que a questão da cidadania é apenas um "tema de verão".
A proposta defendida por Tajani nos últimos dias mira alterar o sistema atual, que concede cidadania a filhos de imigrantes nascidos na Itália apenas quando eles completam 18 anos de idade, desde que tenham vivido na Itália de forma ininterrupta.
A mudança, contudo, enfrenta resistência dentro do próprio governo italiano: o partido da primeira-ministra Giorgia Meloni, Irmãos da Itália (FdI), e a Liga, do também vice-premiê e ministro da Infraestrutura, Matteo Salvini, são contra.
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