A onda de mau tempo que deixou um rastro de mortes na Europa Central nos últimos dias chegou com força no norte da Itália e provocou inundações na Emilia-Romagna, região onde 15 pessoas morreram em enchentes e deslizamentos de terra em maio de 2023.
Até o momento, mais de mil moradores foram evacuados de suas casas na região, um importante polo industrial e agroalimentar do país, sobretudo nas províncias de Ravenna e Bolonha, e dois indivíduos estão desaparecidos.
Segundo o vice-ministro da Infraestrutura e dos Transportes, Galeazzo Bignami, ambos estavam em um telhado onde haviam buscado refúgio e que desabou durante uma enchente em Bagnacavallo, na província de Ravenna. Havia uma ordem de evacuação na cidade de 16,5 mil habitantes devido à cheia do Rio Senio.
"Estamos trabalhando para salvar todas as pessoas que pudermos, mas a situação não é muito boa", disse à ANSA o prefeito de Bagnacavallo, Matteo Giacomoni.
As autoridades locais recomendaram que as pessoas fiquem em andares superiores com comida, água, medicamentos, itens essenciais, celulares e baterias e evitem sair na rua.
Nesta quinta-feira (19), a situação mais crítica diz respeito aos rios Lamone, Marzeno e Senio, na província de Ravenna, e Montone, na província de Forlì-Cesena.
"Nos casos mais críticos, os rios superaram as máximas históricas, como o Senio", disse a governadora em exercício da Emilia-Romagna, Irene Priolo.
"Continua chovendo forte e estamos em alerta vermelho", reforçou o prefeito de Faenza, uma das cidades atingidas pelas inundações do ano passado, Massimo Isola.
A circulação de trens foi interrompida em algumas zonas, enquanto escolas permanecem fechadas nas províncias de Bolonha, Forlì-Cesena, Ravenna e Rimini.
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