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Lula cobra presença do Sul Global em órgãos internacionais

Lula cobra presença do Sul Global em órgãos internacionais

Presidente definiu estrutura da ONU como 'arcaica'

SÃO PAULO, 25 de setembro de 2024, 13:23

Redação ANSA

ANSACheck
Presidente Lula na Assembleia-Geral da ONU © ANSA/Getty Images via AFP

Presidente Lula na Assembleia-Geral da ONU © ANSA/Getty Images via AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quarta-feira (25) de uma reunião de ministros das Relações Exteriores do G20 em Nova York, à margem da Assembleia-Geral da ONU, e reforçou o apelo pela reforma dos organismos internacionais, a começar pelo Conselho de Segurança.
    "Se os países ricos querem o apoio do mundo em desenvolvimento para o enfrentamento das múltiplas crises do nosso tempo, o Sul Global precisa estar plenamente representado nos principais foros de decisão", disse Lula aos chanceleres.
    Segundo o presidente, a ONU deve permanecer "no centro da governança global", porém enfrenta uma "crise de confiança" e precisa de "transformações estruturais".
    "Na sua atual configuração, o Conselho de Segurança tem-se mostrado incapaz de resolver conflitos, e menos ainda de preveni-los. Falta transparência no seu funcionamento e coerência nas suas decisões, e milhões de pessoas sofrem as consequências dessa ineficácia", acrescentou Lula, que cobra mais representatividade da África, da América Latina e do Caribe.
    "Por isso, o Brasil considera apresentar proposta de convocação de uma Conferência de Revisão da Carta da ONU. Cada dia que passamos com uma estrutura internacional arcaica e excludente é um dia perdido para solucionar as graves crises que assolam a humanidade", afirmou.
    A reunião de ministros do G20 em Nova York também teve as presenças do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e do secretário-geral da ONU, António Guterres, e foi aberta a todos os membros das Nações Unidas.
    No encontro, os integrantes do G20 adotaram o "Chamado à Ação sobre a Reforma da Governança Global", documento com compromissos para modernizar organismos internacionais.
    "Trata-se do primeiro documento plenamente consensual emitido como resultado de uma reunião de ministros das Relações Exteriores do G20", diz um comunicado do Itamaraty.
   

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