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MP pede prisão de mulher acusada de matar bebês na Itália

MP pede prisão de mulher acusada de matar bebês na Itália

Jovem de 21 anos enterrou recém-nascidos no jardim de sua casa

BOLONHA, 30 de setembro de 2024, 14:25

Redação ANSA

ANSACheck
Polícia abriu inquérito para apurar caso - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Polícia abriu inquérito para apurar caso - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O Ministério Público de Parma apresentou nesta segunda-feira (30) um recurso ao tribunal de Bolonha para solicitar a prisão de Chiara Petrolini, jovem de 21 anos acusada de matar seus dois bebês recém-nascidos e enterrá-los no jardim da própria casa em Traversetolo, na Itália.
    A italiana está em prisão domiciliar desde o último 20 de setembro sob as acusações de homicídio voluntário agravado por premeditação e supressão de cadáver.
    O recurso foi apresentado após um juiz de instrução de Parma considerar suficiente a prisão domiciliar, com a proibição de a suspeita se comunicar com outras pessoas, com exceção dos moradores da casa.
    A medida, porém, foi rejeitada pelo Ministério Público, "uma vez que não era possível contar com os terceiros no sucesso da eficácia da prisão domiciliar", tendo em vista que "os mesmos pais nunca tinham notado nada do que se passava na sua própria casa".
    Desta forma, o MP recorreu solicitando que o sepultamento do segundo recém-nascido fosse enquadrado como supressão de cadáver e não ocultação, como havia sido feito inicialmente, e que fosse considerada a punição de todos os supostos crimes.
    Petrolini, uma estudante universitária que é suspeita de ter matado um dos bebês no início de agosto, logo após dar à luz, enquanto que o outro teria sido morto há cerca de um ano.
    Segundo as autoridades italianas, os dois bebês foram encontrados enterrados no jardim da casa que a jovem divide com sua família.
    O promotor de Parma, Alfonso D'Avino, explicou ainda que no dia 12 de maio de 2023, quando a jovem deu à luz seu primeiro filho, seus pais e irmão estavam em um recital de dança. Na ocasião, ela teria cavado, com as próprias mãos, uma cova no jardim para enterrá-lo.
    De acordo com a reconstrução, após 24 horas do parto e de ter enterrado a primeira criança, a universitária teve forças físicas para ir à esteticista, comer pizza com a família, ir às compras com uma amiga.
    Para a primeira gravidez, a jovem disse que o bebê nasceu morto, e que ela simplesmente pegou e enterrou". Já sobre o segundo recém-nascido, Petrolini relatou que cortou o cordão umbilical e na sequência sepultou. No entanto, as investigações apuraram que o bebê nascido no dia 7 de agosto deste ano estava vivo, mas morreu por choque hemorrágico.
    A Procuradoria de Parma e os carabineiros abriram uma investigação para apurar o que motivou a italiana a cometer os crimes, tendo em vista que durante muito tempo ela procurou na internet dicas de como acelerar o parto ou como provocar "síndrome alcoólica fetal", que pode causar um aborto ou dificultar o desenvolvimento do feto.
    Em entrevista à imprensa italiana, o ex-namorado de Petrolini explicou que não houve nenhum tipo de sinal que poderia fazê-lo pensar que ela estivesse grávida, principalmente porque não notou nenhuma mudança no humor da jovem.
    "Revi tudo o que ela falou, estudei tudo de novo e ainda não bate. Não sei explicar como aconteceu. Não tínhamos relações protegidas, ela disse que estava tomando pílula, ela me contou e contou para as amigas", relatou.
    No dia em que foi encontrado o primeiro corpo, o rapaz contou que Petrolini lhe enviou uma mensagem: "'Encontraram uma criança na minha casa. Estamos chocados'. Foi tudo estranho para mim, não liguei isso a ela, não quis entrar em detalhes para não estragar as férias dela. Então os carabineiros me ligam. Muito ruim, você não sabe o que fazer porque sabe que não fez nada".
    "Nunca, nem de brincadeira, falamos sobre filhos. Nem estava nos meus planos, mas se tivesse acontecido eu teria mantido", concluiu ele.
   

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