A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, convocou nesta quarta-feira (2) uma reunião com os líderes do G7 para discutir o aumento da tensão na guerra no Oriente Médio, após o Irã lançar uma chuva de mísseis contra Israel.
De acordo com a premiê italiana, a reunião "no nível dos líderes" do Grupo dos Sete foi convocada por causa do "agravamento da crise no Oriente Médio".
O encontro será realizado nesta tarde por videoconferência diretamente de Roma. "A Itália continuará a trabalhar por uma solução diplomática, também em sua capacidade como presidente rotativa do G7", declarou ela.
A reunião ocorrerá um dia após o Irã lançar um novo ataque aéreo contra Israel, em mais um episódio de uma escalada da tensão que eleva o risco de uma guerra generalizada no Oriente Médio.
Ontem, Meloni já havia convocado um encontro urgente no Palazzo Chigi com os ministros da Defesa e das Relações Exteriores, Guido Crosetto e Antonio Tajani, respectivamente.
"Na reunião de ontem discutimos também a segurança dos cidadãos italianos e dos militares do contingente Unifil. A mesa do governo foi convocada em caráter permanente para acompanhar constantemente a evolução da situação e adotar prontamente as medidas necessárias", explicou a premiê.
Meloni destacou ainda que, "ao condenar o ataque iraniano a Israel, partilha a profunda preocupação pelos desenvolvimentos em andamento e lança um apelo à responsabilidade de todos os protagonistas regionais, pedindo para evitar novas escaladas".
A declaração é dada no dia em que o Irã emitiu um alerta pedindo para os Estados Unidos não intervirem em apoio a Israel.
"Alertamos as forças americanas para se retirarem deste assunto e não intervirem, caso contrário, enfrentarão uma resposta dura da nossa parte", alertou o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, na TV estatal.
Por sua vez, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou "veementemente o ataque com mísseis balísticos lançado pelo Irã contra Israel".
"Tais ações ameaçam a estabilidade regional e aumentam as tensões numa situação já extremamente volátil. Exorto todas as partes a protegerem as vidas de civis inocentes", pediu ela, enfatizando que "a União Europeia continua a apelar a um cessar-fogo através da fronteira com o Líbano e em Gaza e a libertação de todos os reféns detidos durante quase um ano".
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