A Itália registrou 379.890 nascimentos em 2023, com 13 mil a menos (-3,4%) em relação a 2022, e bateu um novo recorde negativo de natalidade.
Os números foram divulgados nesta segunda-feira (21) pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat) e confirmam a tendência de esvaziamento populacional que é considerada um dos principais desafios do país pelo governo da premiê Giorgia Meloni.
"A diminuição nos nascimentos, que comporta uma nova quebra do recorde negativo de natalidade, se insere em uma tendência já duradoura", diz o relatório do Istat.
Para efeito de comparação, em 2008, quando a estatística atingiu seu ponto mais alto no século 21, a Itália contabilizou 576 mil nascimentos.
Em 2023, o número médio de filhos por mulher no país caiu para 1,20, contra 1,24 do ano anterior, enquanto a idade média das mães no parto do primeiro filho é de 31,7 anos, enquanto em 1995 o índice era de 28 anos.
E os dados provisórios relativos a 2024 indicam que a tendência se mantém: entre janeiro e julho, foram registrados 4,6 mil nascimentos a menos que no mesmo período de 2023.
Outro aspecto preocupante é que os bebês nascidos de casais nos quais pelo menos um dos pais é estrangeiro caíram de 82.216 em 2022 para 80.942 em 2023 - nos últimos anos, a fecundidade maior entre imigrantes impediu uma queda ainda mais acentuada da população italiana, que passou de 59,8 milhões em 2019 para cerca de 59 milhões em 1º de janeiro de 2024.
Uma projeção recente do próprio Istat apontou que o país pode perder 11,5 milhões de habitantes até 2070, o que significaria uma redução populacional de 20% em menos de meio século.
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