Apesar da pressão internacional, o Parlamento de Israel aprovou um projeto de lei que mira proibir "qualquer atividade" da Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (Unrwa) dentro do país.
De acordo com o jornal The Guardian, a votação contra a agência da ONU ocorrida nesta segunda-feira (28) foi aprovada por 92 votos a favor e 10 contra.
A controversa norma, que não entrará em vigor de forma imediata, poderá prejudicar o já frágil processo de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, território devastado pelo conflito entre Israel e Hamas. Além disso, as relações entre Israel e ONU alcançaram o nível mais baixo.
"É escandaloso que um país membro das Nações Unidas tente desmantelar uma agência da ONU que é o fornecedor mais importante de operações humanitárias em Gaza", declarou Juliette Touma, porta-voz da Unrwa, em entrevista à AFP.
Já David Lammy, ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, declarou que as acusações de cumplicidade com o Hamas feitas por Israel contra funcionários da Unrwa foram "todas investigadas" por uma comissão internacional e "não oferecem qualquer justificativa" para a aprovação do projeto de lei.
A votação no Parlamento israelense aconteceu pouco tempo depois de Estados Unidos, através do porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, e da União Europeia, com Josep Borrell, alto representante para Política Externa da UE, pedirem para que o projeto não recebesse sinal verde.
Após o acalorado debate entre os apoiadores da lei e seus oponentes, o Parlamento de Israel também votará um segundo projeto que decidirá o rompimento ou não das relações diplomáticas da nação com a Unrwa.
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