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Novo líder do Hezbollah manterá plano de guerra de antecessor

Novo líder do Hezbollah manterá plano de guerra de antecessor

Naim Qassem fez primeiro discurso no comando do grupo xiita

BEIRUTE, 30 de outubro de 2024, 11:45

Redação ANSA

ANSACheck
Novo líder do Hezbollah fez primeiro discurso nesta quarta © ANSA/AFP

Novo líder do Hezbollah fez primeiro discurso nesta quarta © ANSA/AFP

O novo líder do Hezbollah, Naim Qassem, anunciou que seguirá a estratégia de guerra planejada pelo seu antecessor, Hassan Nasrallah, morto pelo Exército de Israel em setembro passado.
    A confirmação foi feita durante o primeiro discurso do chefe do grupo xiita, informou o jornal libanês "L'Orient Le Jour" nesta quarta-feira (30).
    "Continuaremos nosso plano de guerra dentro das estruturas políticas delineadas. Permaneceremos no caminho da guerra.
    Podemos continuar a lutar por dias, semanas e meses", afirmou.
    Qassem destacou que o seu "programa de trabalho é uma continuação" do plano traçado pelo seu antigo líder, que morreu durante um ataque aéreo israelense na capital libanesa.
    Segundo ele, o grupo não luta "por nenhum outro objetivo que não seja proteger o nosso país, apoiar os palestinos, impedir que Israel e os Estados Unidos assuma o controle do nosso país".
    Falando sobre o Irã, aliado do Hezbollah e do Hamas, Qassem revelou que o país apoia seu projeto "sem pedir nada em troca".
    "Aceitaremos qualquer apoio de qualquer país árabe para liderar a nossa luta", afirmou ele, agradecendo todas as frente "que nos apoiam, especialmente às do Iraque e do Iêmen".
    No entanto, destacou que não luta em nome de ninguém ou pelo projeto de ninguém, mas sim pelo Líbano.
    Por fim, o novo chefe do Hezbollah ameaçou o governo do premiê Benjamin Netanyahu e mandou suas tropas saírem "de nossas terras para diminuir suas perdas". "Se você ficar, pagará", disse.

Além disso, enfatizou que o grupo xiita pode aceitar um cessar-fogo com Israel, mas sob certas condições. 

"Se Israel decidir parar a guerra, aceitaremos isso nos termos que forem conveniente para nós. Até agora, nenhuma proposta aceitável para Israel e adequada para nós foi colocada em discussão", concluiu. 
   

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