A ítalo-brasileira Melissa Russo, suspeita de ter matado seu bebê recém-nascido afogado em um vaso sanitário, em Piove di Sacco, em Pádua, será colocada em prisão domiciliar.
A decisão foi tomada nesta quinta-feira (31) pelo Tribunal de Pádua, que acatou o pedido do promotor do caso Sergio Dini.
Russo, acusada de homicídio culposo qualificado, aparentemente permaneceu em silêncio durante o interrogatório.
A ítalo-brasileira estava em observação no hospital de Pádua, mas já recebeu alta médica e será acompanhada pela polícia nas próximas horas até à residência da família na região da Puglia.
Enquanto isso, as autoridades aguardam a autópsia do corpo do recém-nascido, exame que será realizado na manhã desta sexta-feira (1º).
Segundo a polícia italiana, ela teria agido sozinha e, portanto, não há outros suspeitos investigados. Uma reconstrução inicial do caso aponta que Russo era uma dançarina do "Serale Club" e morava junto com outros colegas de trabalho no apartamento em cima da boate.
A mulher chegou de Puglia a Piove di Sacco há poucos meses e, de acordo com alguns relatos, ela já estava grávida. Apesar de tentar esconder a barriga com uma espécie de cinto, a ítalo-brasileira foi descoberta por algumas pessoas, que chegaram a notar a gravidez.
O Ministério Público de Pádua explicou que a jovem de 29 anos teria dado à luz um bebê e o colocado na água do vaso sanitário e apertado a descarga, fazendo com que a criança se afogasse. Na sequência, entrou em contato com seus colegas, que acionaram os serviços de emergência. Depois, ela foi hospitalizada para acompanhamento médico e detida por precaução.
"O recém-nascido foi encontrado morto dentro do vaso sanitário e parecia estar totalmente formado", acrescentou a nota.
Tanto o apartamento como a discoteca foram isolados enquanto as investigações são realizadas. Uma análise para verificar a regularidade dos contratos de trabalho dos sete bailarinos da discoteca também está em andamento.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA