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Países emergentes protestam contra oferta de ricos na COP29

Países emergentes protestam contra oferta de ricos na COP29

Negociações sobre fundo climático seguem em curso em Baku

BAKU, 23 de novembro de 2024, 15:37

Redação ANSA

ANSACheck
Protesto contra crise climática na COP29, em Baku © ANSA/EPA

Protesto contra crise climática na COP29, em Baku © ANSA/EPA

Países em desenvolvimento protestaram contra a proposta das nações ricas na COP29 de elevar de US$ 250 bilhões para US$ 300 bilhões a contribuição anual para o fundo voltado a ajudar Estados emergentes na luta contra a crise climática.
    Os países mais vulneráveis ao aquecimento global alegam que essa cifra ainda está aquém do esperado e exigem um fundo de pelo menos US$ 1,3 trilhão ao ano para fazer frente à necessidade de desenvolver suas economias em um cenário de crise climática.
    Após a nova oferta das nações ricas, os grupos de Países Menos Desenvolvidos (LDC) e de Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (Sids) saíram da sala de negociações em protesto. "Saímos temporariamente, mas permanecemos interessados nas negociações até obtermos um acordo equilibrado", disse no X o ministro do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas de Serra Leoa, Jiwoh Emmanuel Abdulai.
    "Nós nos sentimos continuamente insultados, e nossos pedidos foram ignorados", ressaltou Cedric Schuster, presidente da Aliança de Pequenos Estados Insulares (Aosis), em um comunicado.
    O rascunho divulgado pela presidência da cúpula de Baku, no Azerbaijão, prevê um fundo de US$ 1,3 trilhão por ano, mas estabelece que a contribuição das nações ricas seria de apenas US$ 250 bilhões (cifra depois elevada para US$ 300 bilhões), e somente a partir de 2035, além de considerar também empréstimos de bancos multilaterais e instituições financeiras privadas.
    Os países em desenvolvimento, no entanto, exigem um valor maior já a partir de 2025 e constituído predominantemente de doações estatais a fundo perdido. A COP29 deveria ter terminado na última sexta (22), mas as negociações avançaram pelo fim de semana devido às divergências entre o Norte e o Sul globais.
    "Com a COP29 chegando a seu fim, não é surpresa que mais uma COP está fracassando. O rascunho atual é um completo desastre, e as pessoas no poder mais uma vez vão aprovar uma sentença de morte contra as incontáveis pessoas cujas vidas têm sido ou serão arruinadas pela crise climática", escreveu a ativista sueca Greta Thunberg nas redes sociais.
   

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