O presidente da Itália, Sergio Mattarella, declarou nesta segunda-feira (25) que os números sobre a violência baseada no gênero são alarmantes e que não foi feito o suficiente para proteger as mulheres em uma emergência contínua.
"A violência contra as mulheres apresenta números alarmantes. É um comportamento injustificado, impregnado de desigualdade, de estereótipos de gênero e de cultura que toleram ou minimizam os abusos, que muitas vezes também ocorrem no seio da família", observou o líder italiano, por ocasião do "Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres".
Segundo Mattarella, a Convenção de Istambul do Conselho da Europa sobre a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica "é o primeiro instrumento juridicamente vinculativo a reconhecer a violência baseada no gênero como uma violação dos direitos humanos".
"O que foi feito até agora é, no entanto, insuficiente para proteger as mulheres, incluindo as muito jovens, que continuam vendo os seus direitos violados. É uma emergência que continua", enfatizou.
Para o chefe de Estado, "é essencial continuar a trabalhar para erradicar os preconceitos e as atitudes discriminatórias que ainda enfraquecem as mulheres na sociedade, no trabalho e na família".
"As instituições e as forças da sociedade civil devem apoiar as mulheres na denúncia de qualquer forma de abuso, oferecendo proteção e apoio adequado. É um valor para toda a sociedade garantir que os direitos humanos do universo feminino sejam plenamente garantidos", concluiu.
Já a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, recordou que hoje é um dia que nos leva a relembrar dos muitos casos de violência e feminicídios. "Uma praga social e cultural que não nos permite olhar para o outro lado, mas que nos leva a refletir e a agir com todas as ações possíveis destinadas a proteger as vítimas da abominação da violência", escreveu ela nas redes sociais.
Meloni destaca ainda que, enquanto governo, desde o início do nosso mandato, foram implementados "instrumentos de contraste, prevenção e segurança", um trabalho "que deve continuar na consciência de que a contribuição de cada um de nós pode fazer a diferença".
Por fim, o papa Francisco destacou que "todos somos chamados a dizer não a qualquer violência contra mulheres e meninas", enfatizando que "devemos lutar juntos para que os direitos humanos e a dignidade sejam reconhecidos para todas as pessoas".
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