O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indiciado pela Polícia Federal (PF) por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado, afirmou nesta quinta-feira (28) que considera a possibilidade de se asilar em uma embaixada e negou participação em um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Embaixada, pelo que vejo na história do mundo, quem se vê perseguido, pode ir para lá. Se eu devesse alguma coisa, estaria nos Estados Unidos, não teria voltado", declarou Bolsonaro em entrevista ao portal UOL.
"Vivemos num mundo de arbitrariedades. Eu não posso ir dormir preocupado de que a PF vai estar na minha casa amanhã cedo. Já tive três operações de busca e apreensão. Absurdas, absurdas. Corro o risco, sem dever nada", acrescentou o ex-presidente.
Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas na semana passada pela PF pelos supostos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado de Direito e organização criminosa.
"Que plano era esse? Dar um golpe com um general da reserva, três ou quatro oficiais e um agente da PF? Ali no prédio da Presidência trabalham mais ou menos 500 pessoas. Eu sei o que cada um está fazendo?", destacou.
Bolsonaro também foi questionado sobre a suposta tentativa de assassinato contra o então presidente eleito Lula, o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. "O que é esse plano Punhal Verde e Amarelo de que você fala? É de 2022. Não tenho a menor ideia do que seja isso. Começou a ser colocado em prática? Pelo que eu sei, não", respondeu.
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