A Itália enfrenta nesta sexta-feira (13) uma greve nacional do transporte público local, a qual está provocando transtornos em várias cidades do país, como Roma, Nápoles e Florença.
Convocada pelo sindicato USB, a paralisação de 24 horas, que também afeta os transportes marítimos, tem como objetivo protestar contra as políticas do governo da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, "que tolera a desindustrialização e condena a península ao turismo", segundo comunicado.
Os organizadores destacam as "fortes repercussões não só no trabalho, mas também nas condições de vida, no sistema de serviços e nas liberdades democráticas", além de criticarem o apoio do governo italiano a Israel.
O vice-premiê e ministro dos Transportes da Itália, Matteo Salvini, tentou limitar a greve, assinando uma ordem para que durasse apenas quatro horas, mas a medida foi anulada por um tribunal. Ele alertou que a decisão significava que os cidadãos teriam um dia de "caos e inconveniência".
Em meio à paralisação, os judeus da Itália expressaram indignação após o sindicato afirmar que o suposto apoio do país ao "governo genocida israelense" estava entre os motivos para convocar a greve.
"Consternação e espanto: não há outras palavras para descrever o que sentimos quando lemos os motivos da greve", declarou Victor Fadlun, presidente da Comunidade Judaica de Roma.
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