O presidente da Rússia, Vladimir Putin, desafiou nesta sexta-feira (19) o Ocidente a um "duelo" com o míssil hipersônico Oreshnik, que, segundo o Kremlin, não pode ser interceptado.
Capaz de abrigar ogivas nucleares, o armamento já foi utilizado contra a cidade ucraniana de Dnipro no fim de novembro, em resposta à autorização dos Estados Unidos para Kiev usar mísseis americanos de longo alcance em ataques contra alvos na Rússia.
"Vamos deixar que o Ocidente determine um alvo em Kiev, concentre todos os sistemas de defesa antimísseis ali, e nós lançamos o Oreshnik. Estamos prontos para esse experimento, seria interessante para nós", ironizou Putin durante sua coletiva de imprensa de fim de ano, acrescentando que o projétil não pode ser derrubado pelas defesas antiaéreas ocidentais.
"Se os especialistas [ocidentais] acreditam que seja possível [abater o míssil], então proponho um duelo tecnológico", declarou.
Na mesma coletiva de imprensa, Putin assegurou que está "pronto para negociar" com a Ucrânia, mas desde que Kiev esteja disposta a "compromissos". "A situação no fronte está mudando drasticamente, e estamos mais perto de nossos objetivos prioritários", disse.
A guerra na Ucrânia já se arrasta há quase três anos, mas a Rússia tem conseguido avanços lentos no leste do país vizinho nos últimos meses e controla parcialmente as províncias de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia, além da península da Crimeia, tomada em 2014.
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