A Justiça italiana condenou de forma definitiva o ex-terrorista neofascista Gilberto Cavallini à prisão perpétua por envolvimento no pior atentado da era republicana no país, ocorrido na cidade de Bolonha em 2 de agosto de 1980 e que matou 85 pessoas.
Cavallini, de 72 anos, já havia sido condenado em primeira e segunda instâncias, e agora a Primeira Seção do Tribunal de Cassação confirmou a pena.
Segundo a Suprema Corte, está "completamente provado" o envolvimento dele no atentado, com um explosivo colocado em uma mala detonada na estação central de Bolonha. Além das 85 mortes, o ataque terrorista deixou mais de 200 feridos.
"É com grande emoção que recebemos a decisão da Justiça para um assunto que se arrasta conosco há 10 anos", disse o advogado de uma das vítimas, Andrea Speranzoni.
O prefeito de Bolonha, Matteo Lepore, também celebrou a condenação. "Neste momento, a cidade inteira está ao lado dos familiares das vítimas de 2 de agosto de 1980, a quem foi consentido chegar a este resultado. A justiça foi feita, e esta é uma sentença histórica para a Itália", declarou.
Cavallini fazia parte da organização terrorista neofascista Núcleos Armados Revolucionários (NAR), ativa entre o fim dos anos 1970 e o início da década de 1980.
Outros membros do NAR já condenados em definitivo pelo massacre de Bolonha são Giusva Fioravanti, Francesca Mambro e Luigi Ciavardini, enquanto Paolo Bellini aguarda o resultado da terceira instância do processo.
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