O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, conversou por telefone, nesta quinta-feira (10), com seu homólogo russo, Sergei Lavrov, e defendeu o diálogo para tratar a crise entre a Rússia e Ucrânia.
Durante a ligação, o chanceler italiano manifestou o seu total apoio às atividades de negociação em curso, sublinhando a prioridade de buscar soluções sustentáveis com base na implementação dos Acordos de Minsk.
A declaração é dada no momento em que os russos mobilizaram mais de 100 mil soldados na fronteira com a Ucrânia, alegando que quer apenas que os países ocidentais respeitem sua "área de influência". Os Estados Unidos, porém, afirmam que o governo de Vladimir Putin pode invadir o território ucraniano a qualquer momento, apesar de Moscou negar.
Di Maio, por sua vez, enfatizou que quaisquer ações agressivas contra a Ucrânia teriam sérias consequências, destacando a necessidade de sinais de distensão para um diálogo construtivo.
"A conversa insere-se nos esforços para facilitar o diálogo e a desescalada que a Itália está executando em coordenação com os seus aliados e parceiros a respeito do estado de tensão nas fronteiras entre a Rússia e a Ucrânia", diz o comunicado oficial da Farnesina.
O chanceler reiterou ainda que a Itália vai continuar a dar a sua contribuição para as negociações em curso sobre a segurança na Europa, visando restabelecer a confiança entre a Otan e a Rússia.
Por fim, o ministro italiano encorajou o governo russo a dar feedback às respostas fornecidas e a continuar a discussão através de novas reuniões entre o Conselho da Otan e Rússia.
As tensões com a Rússia por parte dos países ocidentais - Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia - aumentam dia após dia. Enquanto os russos afirmam que estão deslocando suas tropas apenas por sua "segurança", os ocidentais alegam que Putin tem a intenção de invadir a Ucrânia a qualquer momento.
Na semana passada, o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, inclusive, conversou por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para debater a crise ucraniana e as relações bilaterais. Na ocasião, o premiê italiano destacou a importância de uma desaceleração nas tensões no local à luz das graves consequências que ocorreriam em caso de endurecimento da crise. (ANSA)
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