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Itália pede para que cidadãos deixem Ucrânia

Itália pede para que cidadãos deixem Ucrânia

País europeu segue mesma posição adotada por outros europeus

ROMA, 12 fevereiro 2022, 13:02

Redação ANSA

ANSACheck

Situação nas fronteiras ucranianas é bastante tensa - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

A Itália pediu neste sábado (12) para que os cidadãos deixem a Ucrânia em meio a tensão crescente com a Rússia.

"Em consideração pela atual situação, por precaução, convidamos os cidadãos a deixar a Ucrânia temporariamente com os meios comerciais disponíveis", diz a nota da Unidade de Crise do Ministério das Relações Exteriores.

O comunicado oficial ainda pede que "considerando a situação de incerteza nas fronteiras, recomenda-se adiar todas as viagens não essenciais para a Ucrânia e de manter-se constantemente informados pelos meios de comunicação e por este site".

A Farnesina ainda reforça um outro comunicado, já em vigor há anos, de que não devem ser realizadas viagens de "qualquer tipo" nas regiões de Donetsk, Lugansk e Crimeia. Essas três localidades vivem sob tensão constante desde o fim de 2013, quando começou o conflito entre russos e ucranianos.

São cerca de dois mil italianos no país, segundo dados oficiais, sendo que a maioria está em Kiev. A Farnesina também decidiu retirar os diplomatas não essenciais do país.

Di Maio

Pouco depois do comunicado formal, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, afirmou que seu país vai continuar a "trabalhar com todos para evitar uma escalada da crise ucraniana", acrescentando que “obviamente, trabalhamos para manter um canal de diálogo com Moscou aberto".

"Trabalhemos todos para uma solução diplomática e desejamos que, o mais rápido possível, possamos chegar a sinais tangíveis em tal sentido", pontuou Di Maio.

Crise

A decisão italiana segue em linha com medidas semelhantes adotadas por outros países europeus neste fim de semana, como a Alemanha, Espanha e Países Baixos. Apesar dos serviços diplomáticos - também da União Europeia - continuarem a trabalhar normalmente, há o temor que a situação se deteriore rapidamente.

Os Estados Unidos afirmam que uma guerra "é iminente", mas os russos acusam Washington de "histeria e alarmismo" e de quererem fazer uma "propaganda" contra Moscou.

A crise ucraniana começou entre o fim de 2013 e o início de 2014 e, além dos problemas políticos, trouxe um conflito bélico na região do Donbass entre forças oficiais e separatistas pró-Rússia. Moscou ainda anexou de maneira unilateral a Crimeia.

Em 2015, houve a assinatura dos Acordos de Minsk entre Ucrânia e Rússia, com a intermediação de Alemanha e França, e o conflito bélico em si teve um cessar-fogo quase completo.

No entanto, com a intenção ucraniana de se anexar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), órgão liderado pelos EUA, o clima voltou a ficar tenso e os russos enviaram mais de 100 mil soldados para as fronteiras entre as duas nações. Desde o fim do ano passado, reuniões diplomáticas tentam atenuar a crise, mas, até agora, todos fracassaram.
   

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