A Itália registrou 60.191 novos contágios por Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para 13.109.527 os casos confirmados desde o início da pandemia, informou o boletim do Ministério da Saúde nesta terça-feira (8).
O dado representa o quarto dia consecutivo de alta na média móvel de infecções, chegando a 39.045, e a primeira vez desde 24 de janeiro que há um aumento nos casos ativos diários.
Os números ainda comprovam o alerta do físico Giorgio Sestili à ANSA, de que índice de transmissão do Sars-CoV-2 está "voltando a se aproximar de Rt 1" - o que significa que a pandemia retomou força. O índice indica a capacidade do vírus se disseminar, por exemplo, um índice Rt 1 significa que a cada 10 pessoas outras 10 são contaminadas.
Um dos motivos que podem explicar a estabilização da transmissão do vírus, após o enorme pico de contaminações registrado em janeiro por conta da variante Ômicron, foi a capacidade da nova cepa sofrer mutações.
Segundo um estudo divulgado nesta terça pela Ceinge-Biotecnologie Avanzate, com base no banco de dados internacional Gisaid, há três "irmãs" da Ômicron (B.1.1.529) em circulação na Itália: a BA.1, a primeira versão, está se tornando a BA.1.1, presente em 36% dos casos atuais; a BA.2 equivale a 5%; a BA.3 é pouco presente, mas já detectada.
Já a variante Delta, predecessora da Ômicron, foi totalmente superada e não há mais registros na Itália.
Com a alta de 3.161 novos contágios, o número de casos leves (em isolamento domiciliar) voltou a passar de um milhão após ter caído na segunda-feira e chegou a 1.002.153. Já as internações, que haviam subido ontem, voltaram a cair, se mantendo na média da semana: são 8.776 pacientes sob observação médica e 592 em unidades de terapia intensiva.
A boa notícia é que esse aumento de casos não afeta a média de mortes. Foram 184 registradas em 24 horas, elevando para 156.201 as vítimas da pandemia, mantendo os dados em queda. A média móvel dos últimos sete dias baixou para 172 - eram 179 na segunda-feira - em um valor 34% menor do que o registrado no mesmo dia da semana anterior.
Os testes realizados em 24 horas somaram 531.194 - muito mais do que os 188 mil da segunda -, mas a taxa de positividade teve uma leve queda e ficou em 11,3%.
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