O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, disse nesta quarta-feira (9) que o governo italiano está trabalhando para garantir uma trégua humanitária na Ucrânia, principalmente depois que pelo menos 17 pessoas ficaram feridas em um ataque aéreo russo contra um hospital infantil em Mariupol.
"Foi um ataque brutal, a ser condenado em todas as formas. Agora precisamos de uma mesa de negociação para uma trégua humanitária que permita a evacuação de civis e a Itália também está trabalhando nisso", disse.
Segundo Di Maio, se as negociações diplomáticas forem feitas a longo prazo, o que aconteceu hoje em Mariupol pode ocorrer em outras cidades.
"Devemos facilitar as negociações entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. O presidente ucraniano abriu um compromisso. Agora Putin deve dar uma resposta", enfatizou.
Durante sua entrevista na Rete 4, o italiano afirmou "que é preciso pedir a Putin que demonstre que não quer exterminar a Ucrânia e deve provar isso juntando-se às negociações de paz".
O chanceler explicou que "os corredores humanitários foram anunciados unilateralmente pela Rússia" e a comunidade internacional deve "colocar a Cruz Vermelha na mesa", além de fazer pensar países como Índia, China e Turquia, importantes parceiros de ambas as nações.
"Devemos ao povo ucraniano o direito de se defender. A razão pela qual as bombas nos hospitais não chegaram a Kiev é porque o exército está resistindo no leste e evitando que os tanques russos cheguem ao oeste da fronteira, com a UE. Essas pessoas não estão apenas defendendo a Ucrânia, estão defendendo todos nós", concluiu.
Após o ataque em Mariupol, o presidente da Ucrânia, Volodymr Zelensky, disse que as tropas russas cometeram "mais do que atrocidades" ao avançar sobre a cidade.
Em um vídeo transmitido em seu canal no Telegram, o líder ucraniano pediu a união dos cidadãos e pediu à comunidade europeia a condenação dos "crimes de guerra da Rússia".
"Tudo o que os ocupantes estão fazendo em Mariupol são mais do que atrocidades", disse Zelensky. "Europeus, ucranianos, moradores de Mariupol. Hoje nós precisamos nos unir para condenar os crimes de guerra da Rússia, que refletem todo o mal que os ocupantes trouxeram para nossa terra."
De acordo com o governo ucraniano, 1.207 moradores da cidade já morreram desde o começo da invasão, em 24 de fevereiro. (ANSA)
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