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Embaixador russo diz que relações com Itália 'estão degradadas'

Embaixador russo diz que relações com Itália 'estão degradadas'

Razov criticou ajuda da Itália ao governo da Ucrânia

ROMA, 22 abril 2022, 16:52

Redação ANSA

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Embaixador russo na Itália criticou expulsão de diplomatas - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O governo russo declarou nesta sexta-feira (22) que as relações bilaterais com a Itália estão severamente degradadas após a administração do primeiro-ministro Mario Draghi anunciar mais ajuda à Ucrânia.

"Devo dizer com pesar que o estado das relações bilaterais está em grave deterioração e não depende de nós", disse o embaixador russo em Roma, Sergey Razov, no programa "Stasera Italia" no canal Rete 4.

Durante a entrevista, o embaixador ainda lamentou a expulsão de 30 diplomatas russos da Itália por "questões de segurança nacional" e confirmou que "em breve haverá uma resposta adequada, conforme previsto pela prática diplomática".

Razov criticou a ajuda militar feita pelo governo italiano à Ucrânia para combater a invasão da Rússia, iniciada em 24 de fevereiro. Ontem, o ministro da Economia da Itália, Daniele Franco, anunciou um novo pacote de 200 milhões de euros para auxiliar Kiev.

"Para mim, é uma lógica estranha que para alcançar a paz você tenha que enviar armas pesadas. Só posso dizer às autoridades italianas que, com essas armas, civis e militares russos serão mortos e isso não vai ajudar nossas relações", enfatizou.

Recentemente, ele já havia dito que a "Itália está apagando fogo com querosene", ao acusar o governo Draghi de enviar armas para fortalecer as tropas ucranianas. Apesar disso, Razov afirmou que "nem todos os italianos são a favor dessas medidas".

Além da ajuda militar enviada à Ucrânia, diversos países, como Estados Unidos, Itália, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, França e Irlanda, já expulsaram dezenas de diplomatas russos por causa da guerra e de questões de espionagem e aplicaram sanções contra a Rússia.

"Obviamente houve dificuldades para a economia do nosso país, assim como para os países que produziram sanções. Dissemos que são uma faca de dois gumes. Mas tenho certeza que vamos ficar de pé", concluiu Razov. (ANSA)

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