A Itália apoia fortemente a entrada da Suécia e da Finlândia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), declarou o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, nesta sexta-feira (13).
"Estamos muito satisfeitos em recebê-los na aliança, uma aliança que garante a paz há décadas", enfatizou o chanceler italiano à margem do G7, na Alemanha.
Finlândia e Suécia são integrantes da União Europeia (UE), mas historicamente preferiram manter uma posição de neutralidade entre a aliança ocidental e a Rússia. No entanto, a invasão à Ucrânia, motivada pela crescente aproximação de Kiev com o Ocidente, fez os dois países repensarem seu status atual.
Apesar disso, o Kremlin já ameaçou tomar contramedidas caso as nações escandinavas se juntem à Otan.
O apoio da Itália é declarado no dia em que o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse ser contra a entrada de Finlândia e Suécia na aliança.
Durante encontro com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, nesta tarde, Di Maio também anunciou que a Itália apoia a tentativa da Ucrânia de ingressar na União Europeia (UE).
"A Itália apoia a Ucrânia e continua trabalhando para promover um processo diplomático para alcançar uma paz duradoura (na Ucrânia)", escreveu o ministro italiano no Twitter, ressaltando que o governo do premiê Mario Draghi "apoia a adesão da Ucrânia à UE".
"Para a Itália é essencial construir um caminho de negociação para alcançar a paz que seja o mais colegiado possível. Precisamos abrir uma mesa com a presença dos atores internacionais mais relevantes", acrescentou.
Crise alimentar -
Em relação à crise alimentar, Di Maio lembrou que "o aumento de preços que estamos testemunhando é preocupante" e "corremos o risco de uma guerra mundial do pão".
Segundo ele, no próximo mês, a Itália, em colaboração com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), apoiará uma iniciativa para enfrentar a crise alimentar na área do Mediterrâneo.
"Não é válido apenas para o continente europeu, há países africanos que estão sofrendo e estão vendo os preços subirem dramaticamente e isso tem consequências para a fome e os fluxos migratórios", enfatizou.
Por fim, Di Maio explicou que trabalhará com "os países mediterrâneos para ajudá-los a diversificar as fontes de abastecimento de necessidades básicas para evitar a fome e os fluxos migratórios". (ANSA)
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