Um levantamento feito pelo Instituto Superior de Saúde (ISS) da Itália apontou que o número de fumantes no país disparou desde o início da pandemia de Covid-19, chegando a atingir um percentual que não era registrado desde 2006.
De acordo com a pesquisa, realizada por ocasião do Dia Mundial Sem Tabaco, pelo menos 24,2% da população italiana possui o hábito de fumar. Em 2019, último ano da pesquisa antes da emergência sanitária, a porcentagem era de 22%.
A quantidade de fumantes na Itália diminuiu entre os anos de 2017 e 2019, mas isso não se confirmou na edição mais recente da pesquisa. Além disso, o relatório apontou um aumento do consumo de cigarros em ambos os sexos.
"O aumento de fumantes detectado pelo relatório é um sinal de preocupação e mostra a importância de ativar ações de prevenção a partir dos mais jovens para garantir uma vida mais longa, com menos deficiências e qualitativamente melhor para nós", alertou Silvio Brusaferro, presidente do ISS.
O surgimento de novos produtos de tabagismo contribuiu para a mudança em comparação aos anos anteriores, como a popularização dos cigarros eletrônicos. A especialista Roberta Pacifici, que faz parte do ISS, ainda declarou que a pandemia também ajudou no aumento do consumo.
"Os dados confirmam que a pandemia influenciou significativamente os hábitos de consumo de produtos de tabaco e nicotina dos italianos. A falsa percepção de consumir produtos menos ou mesmo não prejudiciais à saúde e a sensação de estar autorizado a usá-los em todos os lugares afetam o aumento de seu consumo", declarou Pacifici.
No geral, existem 12,4 milhões de fumantes em território italiano e a faixa etária das pessoas que mais consomem cigarros está entre 25 e 44 anos de idade. Os ex-fumantes representam 14,9% da população e os não fumantes são de 60,9%. O estudo mostrou que uma média de 11,5 cigarros são usados por dia.
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